terça-feira, 30 de julho de 2013

Maria Chuteira sim, porque não?




O termo ‘Maria Chuteira’ já foi muito utilizado como um estereótipo: Mulher gostosa que corre atrás de jogador de futebol, engravida, ganha uma pensão alimentícia bilionária, e tem a vida ganha pra sempre. Só com essa descrição, aposto que você já pensou em várias. Como é natural (ou seria irracional?) do ser humano generalizar, as mulheres que gostassem mesmo de futebol (e consequentemente dos jogadores) eram marginalizadas.


A discussão sobre a participação das mulheres no esporte é antiga. Mas a conquista pelo espaço feminino no jornalismo esportivo é bem recente. Como única integrante mulher da equipe, resolvi estrear no Blog polemizando sobre o tema. Quem acompanha o jornalista e líder da bancada do programa CQC, Marcelo Tas, deve ter visto o recente comentário (foi mais um desabafo infeliz) que ele fez em sua página do Facebook:


Tá certo, nas redes sociais é liberado dar sua opinião sobre todo e qualquer assunto. Mas aí voltamos àquela veeeeelha (e chata ZzzZ) discussão de pessoa pública versus liberdade de expressão, que não vou abordar aqui. Fato é, que com 2,2 milhões de seguidores, grande parte deles são mulheres. E uma parcela generosa dessas mulheres gostam sim de futebol. A declaração gerou polêmica, comentários, revolta, likes e compartilhamentos. Tanto é que um tempo depois do post ele voltou a comentar, se defendendo das críticas:


Puxei esse caso, que não é o primeiro e nem vai ser o último sobre o tema, apenas para destacar o papel da mulher no jornalismo esportivo. Não é um post pra mulheres, mas um post sobre elas. Assim como comentaristas, homens, podem não demonstrar aquela paixão de berço pelo futebol, mulheres também correm o risco causar essa impressão. Mas generalizar não é o caminho. Muitas delas conquistaram espaço, fama e muitos fãs Brasil afora. Seja pelo conhecimento, carisma ou beleza, as novas caras do jornalismo brasileiro encorajaram as mulheres que gostam de futebol a assumir, com orgulho, uma nova postura: Maria Chuteira, sim, porque não?



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